quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Miguel de Cervantes

Por Jessé A. Chahad

Miguel de Cervantes nasceu em Castilha no ano de 1547, enquanto o mundo vivia um contexto de importantes transformações que efervesciam na Europa, a intensidade de trabalhos no campo intelectual e literário crescia ao passo em que a Igreja sofria com as novas idéias provenientes das religiões surgidas na Reforma Religiosa, e ao mesmo tempo articulava sua Contra-Reforma que procurava adaptar a Igreja aos novos tempos e ao mesmo tempo reafirmava os seus dogmas, ainda que à força.Uma época de aventuras e descobrimentos, de contestações dos preceitos da escolástica através da experiência, “a madre das coisas”, que fundaria as bases de uma nova perspectiva no campo intelectual, e na economia dava-se uma fase de transição importante onde estariam se lançando sobre a Europa as bases da Idade Moderna, e revolucionando a Europa, sendo essa considerada a primeira etapa do capitalismo moderno, fruto da expansão comercial ibérica.
De origem humilde, Cervantes junta-se ao exército espanhol aos 24 anos e combate os turcos na Batalha de Lepanto, na costa oeste da Grécia, onde é seriamente ferido e chega a perder os movimentos da mão esquerda.Ele ainda passa por um período de cinco anos preso em cativeiro em Argel, capturado por corsários em seu regresso à Espanha.Com muitas dificuldades financeiras, e com o fracasso de seu primeiro casamento, Cervantes desenvolve ainda algumas funções burocráticas, a serviço do Rei, sendo novamente preso, desta vez, acusado de desvio de verbas, passou mais um período encarcerado em Sevilha, onde se supõe que começa a escrever a primeira parte de Dom Quixote, o Engenhoso Fidalgo de La Mancha.
O sucesso obtido com a publicação em 1547 lhe trouxe algum prestígio, porém nada de concreto que pudesse ser considerado a solução de seus problemas financeiros, dada sua inabilidade com números e seu estilo de vida acostumado a andanças. Era desprendido das coisas materiais.Aos 68 anos, já velho e doente vê publicada a segunda parte de sua obra, Dom Quixote, publicada em 1615. Além do romance Dom Quixote, escrito em duas partes (1605-1615, a primeira com 52 capítulos e a segunda, com 74), escreveu Calatea (1585), Novelas exemplares (1613), Viagem ao Parnaso (1614) e Os trabalhos de Persiles e Segismunda (1617).
Longe de sucesso, de amigos, e com muitos problemas financeiros, Cervantes já doente recolhe-se a um convento franciscano, o mundo já lhe cansara, e só restava-lhe a morte que chegou para lhe aliviar em 1616.Não só o livro é um clássico, mas como o próprio Cervantes em sua vida e trajetória, são épicos que devem ser percebidos com atenção, pois é subjetiva sua obra e ao mesmo tempo universal e tem se mantido como uma das fontes de inspiração e de referência para escritores e artistas de todas as épocas. A própria figura de Dom Quixote se tornou um símbolo do homem moderno em suas lutas contra as investidas de uma realidade decadente.

4 comentários:

Unknown disse...

Nossa muito bom Msmooo
=)
Me ajudou pakas no trabalho

Maryângela Barros disse...

Amei, mmmt bom meeesmo!!!

pessoa fixe disse...

ADORO!!!!!!!!!! obr ajudou no trabalho trololo :)

Elizabeth Brito da Cunha disse...

Obrigada! Foi bom para eu entender um pouco sobre o que acontecia no tempo do autor.